No
inverno ficamos preocupados com os resfriados dos pequenos por conta das baixas
temperaturas. Já o verão é uma estação com toda cara de saúde... Mas será que é
assim que funciona?
A
estação mais quente propicia a propagação de insetos, vírus, fungos e
bactérias, além disso, para fugir do calor o uso de aparelhos de ar
condicionado é maior, gerando choque térmico e permitindo a troca de agentes
infectantes entre as pessoas no ambiente. Os passeios que incluem praia,
piscina e cachoeiras são mais frequentes e podem levar à doenças nos ouvidos,
micoses e riscos à segurança - afogamentos e crianças perdidas são mais
frequentes no período. Então, fique atenta às dicas que temos para dar!
Doenças
de pele - alguns dos
problemas que costumam afetar crianças com mais frequência quando expostas à
areia, água do mar e de piscina são a larva migrans (conhecida como "bicho
geográfico"), estrófulo (reação exacerbada a picada de insetos)e a
miliária (ou brotoeja) ocasionada pela transpiração excessiva.
- Miliária
ou Brotoejas: Para eivtar as brotoejas, deve-se manter a pele do bebê ou
criança sempre seca, com especial atenção às articulações (pescoço, joelho
e cotovelos). Para prevenir, é importante evitar excesso de roupas e
manter a pele arejada
- Micoses:
Podem aparecer em diversas partes do corpo, e, notando qualquer alteração
na pele e coceiras, procure o pediatra ou um dermatologista de confiança
para o tratamento adequado, que costuma incluir pomadas. As micoses são
ocasionadas por fungos que adoram um clima quente e úmido. Por isso,
mantenha a pela dos pequenos bem seca e não frequente locais que podem ser
mais propensos à contaminação caso a pele apresente machucados e feridas.
- Larva
Migrans: provenientes das fezes de cachorros, penetram na pele. Assim,
mantenha distância de parques e praças com areia e terra que sejam
frequentadas por cães e gatos.
Doenças do ouvido -
devido ao tempo maior dentro d'água, a galerinha fica mais sujeita à otites
externas - que atinge especialmente o conduto auditivo externo e pavilhão
auricular. Não existe uma regra quanto ao tempo que a criançada pode ficar na
água, pois isso varia de pessoa para pessoa. Mas o exagero deve ser evitado. O
ouvido tem anatomia que permite que a água entre e saia de forma natural, mas
caso a criança tenha passado mais tempo que o normal "de molho" pode
ocorrer otite. Somente em caso de dor é indicado o tratamento com medicação
que, CLARO, deve ser prescrita pelo médico. Além de controlar o tempo dos
pequenos dentro d'água, os pais devem estar atentos a limpeza da mesma, seja na
piscina ou no mar. Verifique se a piscina é tratada de forma adequada e se o
mar está próprio para banho pois água suja possui bactérias que podem causar
otites. outra coisa MUITO importante é nunca usar medicação caseira ou pingar
qualquer produto sem a orientação de um médico pois além de não necessariamente
tratar a doença, ainda pode dificultar o diagnóstico.
Criança perdida -
grandes aglomerações são armadilhas fáceis para que as crianças se percam. E
ainda temos o mar, que mesmo para nadadores experientes, pode ser bem
traiçoeiro. Assim, não se pode tirar os olhos NUNCA da garotada. Algumas dicas
valiosas:
- Não perca
os pequenos nunca de vista.
- Identifique-as!
Seja com crachás, pulseiras ou tatuagens temporárias para identificação.
- Oriente a
galerinha quanto ao ponto de encontro em caso de desencontro. Use sempre
referências fixas como um quiosque ou edifício / construção na direção
onde estão na areia.
- Faça seus
filhos decorarem o telefone dos pais para facilitar o contato com vocês
caso eles se percam e alguém possa ajudá-los.
- Se mesmo
com todo cuidado, atenção e orientação a criança se perder, procure o
guarda-vidas mais próximo. Ele são orientados e treinados para ajudar
nestes casos e conhecem o local como ninguém!
Afogamento -
como mencionamos, o mar pode ser muito perigoso mesmo para nadadores
experientes, por isso, nunca fique muito confiante nas habilidades dos seus
filhos. Bebês podem se afogar mesmo em pequenos volumes de água já que tem
dificuldade de controlar seus movimentos para levantar a cabeça da água ou
virar-se. Em caso de afogamento é necessário fazer respiração boca-a-boca e
colocar a criança deitada de lado para que ela possa expelir o líquido, sem que
ele entre em contato com os pulmões. Ap's o incidente, busque um
pronto-socorro. Se ocorrer na praia, chame o guarda-vidas para realizar os
primeiros socorros. Em caso de afogamentos graves, é preciso chamar uma
ambulância IMEDIATAMENTE, enquanto os primeiros socorros estão sendo prestados.
Dengue, chikungunya e
leptospirose - o mosquito Aedes Aegypti se
prolifera mais rápido no verão, sendo ainda mais importante que se tomem
algumas medidas ara evitar sua infestação. O mosquito transmite Dengue e febre
chikungunya. Já a leptospirose é uma doença bacteriana transmitida pela urina
de diversos animais ao ser humano.
- Dengue: O
período de incubação é de 3 dias e seu ciclo é de 5 a 6 dias. A dengue
clássica apresenta como sintomas febre alta de início súbito, dor de
cabeça e atrás dos olhos, extremo cansaço, perda do apetite, náusea e
vômito, manchas pelo corpo similares às de sarampo, sendo prevalentes no
tórax e membros superiores, tontura, dor nos ossos e articulações. Já a
dengue hemorrágica, forma mais grave e que pode ser fatal da doença, apresenta
os mesmos sintomas, porém, a febre cessa e se iniciam outros sintomas,
sendo estes fortes dores abdominais contínuas, vômitos persistentes, pele
pálida, fria e úmida, sangramento pelo nariz, boca e gengivas, manchas
vermelhas na pele, sede e boca seca excessivas, sonolência, agitação e
confusão mental, pulso rápido e fraco, dificuldade respiratória e perda de
consciência. É importante procurar orientação médica ao surgirem os
primeiros sintomas, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com
outras doenças, como febre amarela, malária ou leptospirose e não servem
para indicar o grau de gravidade da doença.
- Chikungunya:
Tem sintomas parecidos com a dengue, porém, o que diferencia a febre
chikungunya da dengue é a dor nas articulações, que é incapacitante. Esta
doença é menos grave que a dengue e não costuma ter agravantes maiores.
Este é o primeiro verão com esta doença no Brasil.
- Leptospirose:
As chuvas fortes de verão podem causar enchentes e espalhar a urina de
animais, o que aumenta o risco de contaminação desta doença, que pode se
instalar pelo contato com a pele, mesmo que íntegra ou com pequenos
ferimentos e se espalha pela corrente sanguínea. Seus sintomas principais
são febre alta que começa de repente, mal-estar, dor muscular em especial
na panturrilha, dor de cabeça e no tórax, olhos vermelhos, tosse, cansaço,
calafrios, náuseas, diarreia, desidratação, manchas vermelhas no corpo e
meningite. Seu ciclo costuma ser de 3 ou 4 dias, porém a doença pode
apresentar agravamento após esse período surgindo, então, icterícia,
hemorragias, complicações renais, torpor e coma, que caracterizam sua
forma grave, também conhecida como doença de Weil.
Portanto, fique atenta e
muito cuidado junto com a diversão nesse verão!